quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Borboleta

Às vésperas do ano novo, uma borboleta pousa na varanda e fica gentilmente posando para as fotos.

Será que ela tem noção da sua boniteza? Tem idéia do que ela provoca em quem a contempla? Será que sabe que existe até uma fábula que diz que sua presença é sinal de sorte e bons presságios?

Depois da sessão de fotos, ainda ficou por ali, brincando de voar e pousar. Depois foi embora, talvez alegrar outra varanda.




segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

2015



Em cada um de nós, em cada momento da vida, em tudo que se move ao nosso redor, há um potencial de mudança.

Todo momento importa. Um abraço no filho, um beijo na esposa, um gesto de gentileza.

Aquele emprego perdido, o vestibular em que fomos reprovados, o relacionamento rompido que nos fez sofrer tanto. Todo momento importa.

Em cada situação há um potencial de mudança, na medida em que nos utilizamos dela para escrever - e reescrever - a nossa história.

2015 não será diferente: ele continuará oferecendo oportunidades para sermos autores de nossa própria vida.

Boa escrita para você !

João David


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Eleições

Que o nosso voto seja consciente, livre e independente;

Que a nossa escolha reflita a nossa percepção da realidade;

Que a nossa postura seja de respeito ao que pensa diferente;

Que nossa oração seja por uma Nação forte, justa e pacífica;

Que os militantes nas ruas do país agitem com vibração a bandeira da Paz;

Que a vitória seja comemorada com humildade;

Que a derrota seja assimilada em consideração ao Estado Democrático.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

As primeiras leituras

Aos 46 anos, vivendo uma fascinante experiência: testemunhar um filho aprender a ler.

Quando Felipe fez 3 anos, começamos a assinar os gibis da Turma da Mônica e criamos o hábito de ler na cama todos os dias para ele, antes de dormir. Hoje, com 6 anos, ele já está dando seus primeiros passos na leitura dos gibis e dos livros. Deito-me ao lado e antes de ler a história, ele vai lendo por conta própria, descobrindo cada palavra, cada frase.

Eu não sabia disso ainda, mas acabo de descobrir que poucas coisas na vida são tão lindas quanto esta.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Sobre lutinhas e desenhos animados

Publico a seguir entrevista que dei para Giovanna Balogh, repórter de "Cotidiano", da Folha de São Paulo, e que serviu de base para a minha participação na matéria "Crianças Devem Brincar de Lutinhas?", publicada no Blog Maternar.


1 – O que influencia o interesse, principalmente, dos meninos por brincadeiras de lutinhas? Eles são influenciados por desenhos de super-heróis, por exemplo?



As brincadeiras de luta podem ser compreendidas como parte natural do desenvolvimento infantil. É possível que estejam associadas à própria história do desenvolvimento evolutivo da humanidade. Sabe-se que outros animais também praticam este tipo de brincadeira. Neste caso, os animais costumam emitir sinais sonoros ou comportamentais que indicam que se trata de uma brincadeira e não de uma luta. Esta distinção também pode ser feita na interação pai-filho durante uma brincadeira de lutinha.

É esta distinção (e o exercício de reconhecê-la) que contribui para que a lutinha seja até mesmo um caminho de mediação social, em que a criança aprende a lidar com os limites de sua força e seus impulsos. Tal aprendizado pode lhe trazer ser um grande benefício para a vida adulta.

Da mesma maneira, as histórias de super-heróis estão presentes na infância. Há uma identificação da criança com o herói, que faz parte do processo de construção de sua própria identidade, o que chamamos de “diferenciação”. Ao identificar-se com o que vence o mal, ela vai construindo seu repertório de valores e crenças.

Além disso, é importante considerar o papel influenciador da mídia (TV, cinema, publicidade, games etc). Este papel vai bem além da simples diversão ou lazer, mas é especialmente um instrumento de construção e modelação de discursos, comportamentos, relacionamentos e visão de mundo.

Então aqui temos dois elementos importantes que nos ajudam a entender um pouco do fascínio que os desenhos de super-heróis exercem sobre as crianças: a identificação psicológica com um personagem heróico e a influência da mídia interessada em vender produtos e modelar comportamentos.


2 - O melhor é evitar esse tipo de desenho?


O melhor é evitar o excesso e a estimulação desse tipo de desenho.
Sugiro aos pais três palavrinhas para lidar com esta situação: PRESENÇA, FILTRO e ALTERNATIVAS.

Presença: considero importante que os pais possam encontrar maneiras de assistir o desenho ao lado da criança, de participar ativamente deste processo de identificação que está ocorrendo na vida dela. Assistir um desenho junto com a criança cria oportunidades para ajudá-la a desenvolver criticidade quanto ao que ela vê, na medida em que os pais podem, por exemplo, compartilhar com ela o que é legal e o que não é legal no desenho.

Filtro: nem todos os desenhos são de todo violentos, e nem todos são adequados para uma criança assistir. Se os pais acompanham de perto o que elas estão vendo, fica mais fácil para fazer algum tipo de filtro.  Se os pais consideram que um tipo de desenho ou game ainda não deve estar ao alcance da criança, podem explicar a ela e filtrar.  O filtro pode ajudar a criança a perceber que há coisas que são possíveis e outras que não. E isto valerá pra vida toda.

Alternativas: outro desafio é criar alternativas para entreter a criança, para que ela não fique apenas diante de uma televisão. Se a criança fica exposta apenas a um tipo de desenho, ela perde a possibilidade de conhecer outros modelos de interação. Quando a tv é usada como babá eletrônica, a criança fica mais vulnerável às influências negativas e alienantes desta mídia.



3 - Pais podem brincar de lutinhas com os filhos? Isso é só uma brincadeira ou pode gerar consequências? Se sim, quais são? Isso não pode fazer com que o filho pense que pode bater nos pais?

A relação da criança com a violência vai depender muito do tipo de interação que os pais desenvolvem com seus filhos.

O que pode fazer com que o filho pense que pode bater nos pais não é a brincadeira, mas a interação mais ampla, e a maneira como estes pais impõem a sua autoridade. Se são pais que batem na criança, eles estão ensinando que bater é uma opção comportamental.

Pais que não batem e brincam de lutinha estão, além de brincando, ensinando à criança que elas podem controlar e modular sua força.

Numa relação em que a autoridade parental é bem clara, a criança pode distinguir entre o que é uma brincadeira e o que é uma briga de verdade.



4 – Uma criança que desde cedo tem contato com lutinhas pode se tornar um adulto violento, briguento?


Sugiro uma diferenciação terminológica entre “lutinha lúdica” (quando pais e filhos brincam com forças moduladas)  e “lutinha violenta”, (em que não há modulação de intensidade, deixando de ser uma brincadeira). As lutinhas a que me refiro aqui são obviamente as lúdicas.

Se uma criança desde cedo tem contato com lutinhas, mas não vive nenhum tipo de violência ou punição física, ela terá mais probabilidade de não se envolver com brigas e violência, porque o aprendizado lúdico das lutinhas a ensinaram que violência não combina com o prazer que a brincadeira lhe proporcionava.

Por outro lado, crianças que, mesmo sem ter contatos com lutinhas,  vivenciam tipos de violências na relação com seus pais, estas terão mais possibilidades concretas de se tornarem adultos briguentos.

É provável inclusive que os pais severos e violentos não saibam brincar de lutinha com seus filhos, pois nem eles mesmos saberiam distinguir a luta lúdica da briga pra valer.

Em resumo, minha tese é de que se há alguma relação entre a lutinha lúdica e a violência, ela é inversamente proporcional.

5 – Dar brinquedos em formatos de armas e espadas deve ser evitado?

Acho que não deve ser estimulado. É diferente de proibir.

Armas e espadas fazem parte do imaginário das crianças. Se ela não tem uma espada, ela vai transformar qualquer objeto numa espada. É uma fase pela qual ela passará. Às vezes a proibição total apenas aguça mais ainda a curiosidade e a vontade de ter.

Eu prefiro pensar em algumas estratégias, tais como explicar pra criança que armas e espadas não são brinquedos legais porque são instrumentos que as pessoas usam pra fazer mal aos outros ou aos animais.

Como no caso da televisão, encontrar alternativas e estimular as crianças em direção a elas pode ser uma boa estratégia também.



6- Qual a postura mais adequada para um pai quando seu filho começa a se interessar por lutinhas?


Brincar de lutinha com ele e ir mostrando aos poucos que há muitas outras maneiras de brincar.

Houve um período do meu filho, nas faixa dos 3 anos, que quando eu chegava em casa ele já estava com um “tatame de edredom” me esperando pra brincar. Detalhe: aqui em casa não assistimos lutas de MMA ou coisas do gênero. Ao invés de me negar a brincar, entrava no tatame e lá íamos nós para alguns "rounds. Aos poucos, fui mostrando pra ele como fazer pra brincadeira não se transformar em briga, como fazer pra não machucar o outro e não ser machucado, como regular a força para não exagerar, como atender imediatamente o pedido do outro quando ele pedir para parar, enfim, estas regrinhas básicas das lutinhas, que aliás são bem contrárias às condições de uma briga de verdade.

Em pouco tempo a brincadeira foi sendo substituída por futebol, detetive, cabaninhas secretas e outras atividades.  





7 – Nas escolas, é muito comum as crianças se agredirem. Qual atitude os pais e professores devem tomar nessas situações?

Investigar o que está levando aquelas crianças a comportamentos agressivos entre elas. Talvez estejam ansiosas por alguma situação em sua vida, talvez estejam “acostumadas” a este tipo de interação em outros contextos em que vivem, talvez recebam palmadas em casa e estão aprendendo que o caminho para impor sua vontade e sua autoridade é batendo no outro. Talvez estejam se defendendo de algum tipo de agressão (física ou psicológica) vinda de outra criança.
O caminho para a compreensão passa pelo diálogo e muita conversa entre os pais e os profissionais envolvidos na vida escolar.

Vale a pena lembrar o que já se sabe: os modelos parentais são fundamentais para a criança. Daí podemos nos perguntar:

1.     Qual é o lugar do televisor na vida da criança? Qual é o lugar do televisor na vida dos pais?

2.     Como a criança lida com a adversidade e frustração? Como os pais lidam com a adversidade e frustração?

3.     Há no comportamento da criança algum tipo de violência presente? Há na relação pais/filhos algum tipo de violência presente?





Lutinhas

Matéria do blog Maternar, em que tive a honra de participar:

Crianças devem brincar de ‘lutinhas’?




POR GIOVANNA BALOGH
07/05/14 
Na porta da escola o pai confessava que estava com ‘medo’ porque em breve será pai de uma menina. “Com menino é mais fácil, brincamos de lutinha e com ela não vai dar para ser assim”, disse o pai de um garoto que ainda nem completou quatro anos.

Parece que muitos pais têm a necessidade de auto afirmar o tempo todo que os filhos são machos, que só podem brincar de carrinho, de super-herói, de armas, espadas e, principalmente, brigar. “Criança não tem discernimento para distinguir a realidade da fantasia, o que certamente as leva a repetir o comportamento onde quer que vão, como nas escolas. Brincar de lutinha com o filho em casa pode sim influenciar que a criança venha a bater nos coleguinhas, pais, avós e até nos professores”, comenta a psicopedagoga Lilian Rodrigues Santos.

Para Lilian, as crianças e adolescentes seguem exemplos, então, os pais devem buscar os melhores possíveis para serem passados para seus filhos. Para ela, devemos ficar atentos desde a maneira como agimos com os nossos filhos como também na relação com o nosso companheiro e com terceiros. Nada de lutas, mas também esqueçam os gritos e ofensas. Xingar o motorista que deu uma fechada no seu carro na frente do seu filho, por exemplo, já é um exemplo de violência que deve ser riscado do nosso cotidiano. Outro fator é limitar os brinquedos que incitem violência, como arminhas e espadas, e controlar o que se vê na TV , em joguinhos de tablets e também em games.
Lilian diz que em uma pesquisa feita no ano passado em seu consultório mostrou que 74% das crianças e adolescentes que estavam sendo avaliados por ela com problemas de agressividade, desobediência, dificuldades de aprendizado, entre outros, assistiam filmes e games com algum tipo de violência. Segundo ela, 92% dos pais admitiram que assistiam TV duas horas por dia enquanto os filhos ficavam mais de cinco horas na frente da TV, ou seja, assistiam conteúdos nem sempre supervisionados pelos responsáveis. “Até pelo menos os sete anos de idade, o recomendado é que não fiquem mais de 15 minutos por dia na frente da TV e, no máximo, duas horas no final de semana para crianças acima de quatro anos”, explica.

Somente 2% dos pais pesquisados afirmavam que contavam histórias infantis para os filhos ao menos três vezes por semana e apenas 3,5% brincava com eles diariamente depois do trabalho. “Como resultado, temos crianças que passam muito menos tempo ao ar livre do que em outras gerações e, é claro, tem pouca oportunidade de desenvolvimento da criatividade e de uma personalidade própria”, alerta.

Já o psicólogo João David Mendonça, sugere três palavrinhas aos pais: presença, filtro, e alternativas. “Os pais devem estar presentes para assistir o desenho ao lado da criança, para ajudar a desenvolver criticidade. Assiste e vai dizendo o que é ou não legal no desenho”, comenta. No caso de desenhos ou games que os pais consideram violentos demais, ele recomenda filtrar e explicar para o filho. “Ajuda ele a perceber que algumas coisas são possíveis e outras não e esse filtro vale para a vida toda.” Já a terceira opção é ainda mais fácil, ou seja, qual motivo de manter a criança tanto tempo na frente da TV? O melhor é buscar alternativas que permitem uma maior interação e não utilizar a TV como sendo uma babá eletrônica. “Se usada dessa maneira, a criança fica mais vulnerável às influências negativas.”

‘LUTINHAS LÚDICAS’
Mas, e quando a criança tem a iniciativa de começar a brincar de lutinha ao aprender com o coleguinha do parque ou da escola? Nesse caso, o psicólogo recomenda que os pais não se neguem a brincar, mas ensinem como fazer. Mendonça conta que um dia chegou em casa e o filho, na faixa dos três anos, o esperava em um ‘tatame de edredon’ na sala. Ele conta que em sua casa ninguém assiste lutas pela TV nem desenhos violentos. “Entrava no tatame e lá íamos nós para os ‘rounds’. Aos poucos, fui mostrando como fazer a brincadeira para  não se transformar em briga, como fazer para não machucar o outro, e quando parar, que são regras básicas da lutinhas”, comenta. Aos poucos a brincadeira foi perdendo o interesse e foi substituída por futebol, cabaninhas, entre outras atividades.

Mendonça aconselha os pais a mostrar para as crianças a diferença entre ‘lutinha lúdica’ (quando pais e filhos brincam com forças moduladas) e ‘lutinha violenta’ (em que não há modulação de intensidade, deixando de ser brincadeira). “Se uma criança desde cedo tem contato com lutinhas, mas não tem nenhum tipo de violência ou punição física, ele terá mais probabilidade de não se envolver com brigas e violência, porque o aprendizado lúdico da lutinha a ensinou que violência não combina com o prazer que a brincadeira proporciona”, comenta. Por outro lado, diz o psicólogo, a criança que não tem contato com lutinhas, mas vivencia outros tipos de violência, terá mais possibilidade de se tornar um adulto briguento.

Sobre espadas e arminhas, ele diz que esses objetos fazem parte do imaginário da criança, então, ele acha que não deve ser proibido, mas também não pode ser estimulado. “Armas e espadas fazem parte do imaginário das crianças. Se ela não tem uma espada, vai transforar qualquer objeto em uma. A proibição só aguça mais a vontade de ter, por isso, prefiro pensar em estratégias como dizer que esses brinquedos não são legais pois são instrumentos que as pessoas usam para fazer mal aos outros e aos animais”, comenta.

Para a psicopedagoga, os pais e cuidadores das crianças devem mudar os hábitos antes dos quatro anos da criança. “Se o hábito ainda não foi totalmente modificado até por volta dos 6 ou 7 anos, poucos são os que depois conseguem atingir o nível de desenvolvimento intelectual, físico e emocional de um adolescente que pouco  foi exposto à violência, tenha sido ela verbal, emocional, física ou televisiva”, explica. A psicopedagoga conta que a procura por tratamento do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) cresceu mais de 80% em 10 anos, pois as crianças têm apresentado mais agressividade, agitação, dificuldades na escola ou desobediência. “Pais e professores logo pensam em TDAH, mas das crianças que chegaram até nós depois de passarem por psiquiatras com suspeitas ou diagnóstico de TDAH, até hoje, nenhuma delas precisou voltar a tomar medicação. Sabe por que? As causas eram outras”.

Para permitir que nossas crianças cresçam de forma mais saudável, ela recomenda que pais, avós, cuidadores observem a rotina delas diariamente para notar de onde está partindo a violência e agressividade daquela criança. Pergunte sempre: você tem estado suficiente com ele? Tem participado da vida dele ? Proporciona atividades próprias para a idade dele? Ajuda a resolver problemas dele? Escuta seu filho? Brinca com ele?

FONTE: Blog Maternar - Folha de São Paulo

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Nós, os perversos defensores de marginais

[Brilhante anotação do jornalista Gilberto Dimenstein]

Numa sequência de horrores, vídeos mostrando cenas de vingança contra marginais são compartilhadas na rede -- e com os aplausos ou aceitação silenciosa dos espectadores, sentindo-se mais protegidos.

Para a maioria da população (imensa maioria, diga-se), quem se dispõe a defender essas criaturas é porque perversamente está de algum jeito conivente com os delinquentes. E contra os honestos cidadãos.

Faço parte há muitos anos da tribo acusada de defensor de marginais.

Parte da mídia acaba embalando esse discurso socialmente idiota.

Não se está defendendo o marginal. O que se defende é uma sociedade que não use a violência para resolver conflitos.

Isso porque em sociedades violentas todos (a começar dos cidadãos honestos) saem perdendo, já que a porrada vira a regra. Ficamos reféns da barbárie cotidiana.

Policiais brutais e violentos tendem a gerar marginais ainda mais violentos.

Tão simples -- e tão difícil de entender.

Importante dizer é o seguinte: a reação popular é compreensível, refletindo uma insegurança generalizada.

Desde o final da década de 1980 tenho escrito e feito reportagens sobre a violência contra as crianças, advertindo que só iria piorar quando ficassem adultas.

FONTE:

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Chavões

Interessante como para uma parte da população o caminho do chavão é bem mais atraente do que o caminho da reflexão.

Assim, basta aparecer alguém com aquele arcaico discurso recheado de chavões do tipo "tá com pena, leva pra casa" ou "bandido bom é bandido morto", que instantaneamente lhe surgem  centenas de seguidores e defensores.

Temas complexos ficam reduzidos a clichês baratos.

É a lei do mínimo esforço transportada para a dimensão intelectual: a lei do mínimo pensamento.