quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Segundo Tempo

Amanhã, dia 04, chego aos 45. Fim da etapa inicial. 

Começo agora o segundo tempo, com algumas lições extraídas do primeiro:

Atacar não é tudo. Administrar uma partida requer paciência e atenção em várias áreas além do ataque. Há momentos em que ficar tocando a bola na intermediária pode ser mais efetivo do que invadir a área do adversário. Cadenciar a partida pra evitar desgaste pode ser, às vezes,  uma boa estratégia.

Jogar com o time é melhor que jogar sozinho. Lá pelos 16 minutos, eu costumava pegar a bola e sair driblando todo mundo - fui até apelidado de “baila comigo” nas peladas da rua da praia do Bom Abrigo. Hoje vou pro segundo tempo com a certeza de que não se faz jogo sem os companheiros de equipe. Trocar passes, receber assistências, deixar o colega na cara do gol, receber um cruzamento na medida para o cabeceio. 

Levar gol não é problema, desde que a gente coloque o bola no círculo central e reinicie a partida. De vez em quando acontece mesmo. Um pequeno descuido, e tomamos um gol. Ás vezes sai até gol contra, quando jogamos contra o nosso próprio patrimônio. O negócio, nessas horas, é correr pra dentro da baliza, pegar a bola e dirigir-se ao centro do campo. Começar de novo...

Nem todo gol tem que ser de placa. Isso é bobagem, gera expectativas desnecessárias para a partida. Estou entrando no segundo tempo despido destas pretensões que atrapalham mais que ajudam. Tenho aprendido que quando estamos relaxados em campo, sem preocupações com grandes atuações, aí sim estamos livres para atuar, driblar, e quem sabe até fazer uns golzinhos de placa de vez em quando.

Agradeço ao meu Técnico, que me manteve em campo durante todo este primeiro tempo, dando-me condições de jogo, e que apesar de conhecer profundamente as minhas limitações, ainda assim continua acreditando em mim e me ensinando a jogar.

Haveria muito mais a dizer, mas não quero ficar pensando nisso agora. 
Eu quero é ir pro Segundo Tempo. 


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