Uma história contada pela escritora americana Astrid Lindgren ilustra de maneira afetiva a irracionalidade do castigo físico e de como ele é visto pelos olhos de uma criança.
Certa vez, uma senhora contou que quando era jovem não acreditava no castigo físico como uma forma adequada de educar uma criança, apesar do pensamento comum da época incentivar o uso de um fino galho de árvore para corrigir a criança.
Um dia, o seu filho de 5 anos fez alguma coisa que ela considerou muito errada e, pela primeira vez, sentiu que deveria dar-lhe um castigo físico. Ela disse para ele que fosse até o quintal de sua casa e encontrasse uma varinha de árvore e trouxesse para que ela pudesse aplicar-lhe a punição.
O menino ficou um longo tempo fora de casa e quando voltou estava chorando e disse para a mãe: “Mãezinha, eu não consegui achar uma varinha, mas achei uma pedra que você pode jogar em mim”.
Imediatamente a mãe entendeu como a situação é sentida do ponto de vista de uma criança: se minha mãe quer bater em mim, não faz diferença como e com o quê; ela pode até fazê-lo com uma pedra.
A mãe pegou seu filho no colo e ambos choraram abraçados. Ela colocou aquela pedra em sua cozinha para lembrar sempre: nunca use violência.
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