Meu agradecimento a todos que têm participado e dado a sua contribuição ao debate que me propus a fazer a partir do meu blog e dos meus perfis no Facebook e Twitter.
Estou tendo alguma dificuldade para responder os vários emails que tenho recebido nestes últimos dias, mas na medida do possível vou respondendo a todos.
A bem da verdade, não tenho muito ânimo para ficar debatendo cada ponto de algumas mensagens, pois percebo que uma grande parte das pessoas que me escrevem não pretendem mudar suas posições, mas apenas querem ter o direito - legítimo, diga-se de passagem - de discordar ou me corrigir.
Fico feliz ao perceber que não estou sozinho em minhas idéias, e muito satisfeito quando vejo que no meio cristão, que foi meu alvo em um dos textos, também existem pessoas lutando para educar seus filhos impondo limites sem empregar o expediente da palmada, seja ela forte ou fraca.
Tenho recebido também algumas mensagens extremamente indelicadas e malcriadas, de pessoas cuja desqualificação da opinião alheia é seu único argumento. A estas não perco tempo em dar resposta, apenas as deleto.
Por último, preciso compartilhar com vocês que minha posição a respeito deste tema leva em consideração o fato de que nenhum pai é perfeito. Pais são humanos e humanos não são robôs. Têm emoções, perdem a paciência, ficam cansados, frustram-se.
A minha defesa contra a punição física não é uma condenação impiedosa e antecipada dos pais comuns, não é uma cobrança de perfeição sobre alguém que a cada dia está aprendendo a ser pai ou mãe.
A parentalidade é um aprendizado constante.
Quem me conhece pessoalmente, e especialmente todas as pessoas e famílias as quais tive ou tenho a honra de atender, sabem muito bem a minha rejeição a qualquer circunstância ou regra que nos coloque em cobranças e exigências que ficam acima de nossas possibilidades.
Entretanto, estou convicto de que a educação pela paz é muito mais que uma regra de conduta; é uma postura. Se é uma postura, quando nos conduzimos de maneira equivocada, podemos percebê-la e imediatamente retomar o rumo.
Sendo bem honesto comigo mesmo e com os leitores, não posso garantir que nunca darei uma palmada no meu filho que hoje tem 4 anos. Afinal, eu e minha esposa somos humanos e consequentemente suscetíveis a falhas e imperfeições. O fato dele nunca ter levado nenhuma palmada, tapinha, ou qualquer punição física até o momento não é garantia de que nunca cairemos na tentação de resolver alguma situação difícil com uma palmada.
Mas somos conscientes de que esta não será a conduta de nossa preferência. Se errarmos, nos restará o desafio de levantar a cabeça e continuar lutando para manter nossa postura de não violência, especialmente porque queremos o bem de nosso filho.
Um comentário:
Muito legal, João!!!
Bj., Virgínia
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